quinta-feira, 25 de março de 2010

Guns and Roses ao Vivo em São Paulo - O digno retorno do mito Axl Rose.

Foto: Axl Rose ao vivo.

Foi diante de um Palestra Itália lotado --38 mil pessoas no total, segundo a organização do evento-- que o Guns N' Roses começou, por volta das 0h45 deste domingo (14) em São Paulo, o terceiro show da turnê de "Chinese Democracy" no Brasil, que já passou por Brasília e Belo Horizonte.

Antes disso, porém, as bandas paulistanas Rock Rocket e Forgotten Boys aqueceram os ânimos da volumosa plateia para a entrada de Sebastian Bach, convidado de Axl Rose para abrir os cinco shows do Guns no país. O músico subiu ao palco às 21h45 e, ao lado de sua banda de apoio, fez uma apresentação muito decente. Empolgado, Bach mostrou o ânimo dos tempos de Skid Row e, durante 1h30, apresentou hits de sua antiga banda, além de algumas canções de "Angel Down", seu novo álbum solo.

Após muita espera por parte dos fãs, o Guns N' Roses apareceu quase à 1h da manhã para fazer seu terceiro show no país. Pouco após iniciar a apresentação com "Chinese Democracy", Axl interropeu o show para brigar com alguém do público, ameaçando que ele e seus "rapazes poderiam ir embora a qualquer momento". Passada a tensão, o show seguiu com três hits na sequência: "Welcome To The Jungle", "It's So Easy" e "Mr. Brownstone".
Foto: Superpalco do Guns.

Axl Rose esbanjou bom humor e simpatia e, apesar de sua fama de difícil, conversou com o público, sorriu, arranhou no português e até pediu para que as pessoas não se amontoassem com exagero na frente do palco, para que "todos tivessem uma grande noite". O líder do Guns também se explicou sobre o fato de não ter aparecido na apresentação surpresa que a banda faria nesta quinta (11) em SP. "Eu estava com a voz muito ruim e tinha que pensar em qual show deveria fazer. Decidi dar prioridade a vocês. Eu não conseguiria dizer 'não' a todos vocês", comentou, arrancando aplausos dos fãs.

Mas o que mais chama a atenção é a voz de Axl. A intensidade presente no começo da apresentação, quando o vocalista alcança agudos invejáveis, logo dá lugar a uma voz frágil, distante daquela que fez dele um vocalista singular. Talvez pelo grande número de canções no setlist, o cantor de 48 anos não conseguiu manter a voz e, após uma dezena de músicas, apresentou cansaço e fraqueza nas cordas vocais, que mais tarde se tornariam uma rouquidão da qual o próprio Axl se desculpou.

Ainda assim, é inegável a força de canções como "Sweet Child O' Mine", "November Rain" e "Patience" --os melhores momentos da apresentação ao lado das covers "Live And Let Die" e "Knockin' On Heaven's Door"--, principalmente quando executadas junto das faixas mais arrastadas de "Chinese Democracy", o trabalho mais recente de Axl com a banda. A extensa apresentação terminou por volta das 3h20 com o hit "Paradise City" e uma chuva de serpentina e papel picado.

Fonte: FLÁVIO SEIXLACK (UOL MÚSICA).

Veja as músicas tocadas pelo Guns N' Roses em São Paulo:

"Chinese Democracy"
"Welcome To The Jungle"
"It's So Easy"
"Mr. Brownstone"
"Sorry"
"Better"
Solo de Richard Fortus
"Live And Let Die"
"If The World"
"Rocket Queen"
Solo de Dizzy Reed
"Street Of Dreams"
"I.R.S."
Solo de DJ Ashba
"Sweet Child O' Mine"
"You Could Be Mine"
Solo de Axl Rose no piano
"November Rain"
Solo de Bumblefoot
"Knockin' On Heaven's Door"
"Nightrain"

"Madagascar"
"Shackler's Revenge"
"This I Love"
"Patience"
"Paradise City"

Depoimento de um fã - Tarcísio Vascão:
Tive o privilégio de assistir ao vivo três shows do Guns and Roses.
O primeiro foi antológico, no auge da banda, ainda com Slash e Axl genial e jovem, durante o Rock in Rio II. O mundo se curvava para os "malucos" do Guns. (Nota 10).
O segundo show foi deprimente, no Rock in Rio III, com Axl gordo feito um porco, bebendo 2 garrafas de tequila por dia na piscina do Copacabana Palace (fonte: informação de jornais da época). Sem voz, sem fôlego e sem identidade. (Nota 5).
Felizmente veio o show de 2010 e Axl, mesmo sem a mesma voz da juventude, recuperou sua alto estima, bem preparado fisicamente e com uma ótima banda para segurar o mais puro Rock and Roll, marca registrada do Guns. (Nota 9).
Uma verdadeira redenção de um dos últimos "rock stars" da história da música. Os fãs do rock and roll agradecem!!!

Shows como o do Guns and Roses merecem cerveja melhor, ninguém merece ser obrigado a consumir a Antarctica Sub-Zero. Promotores, vamos melhorar as cervejas dos shows de rock! Saúde!!!

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